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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Pela legalização de todas as drogas no Brasil – Acabando com o tráfico e com o crime organizado.





Prezado leitor, eu peço encarecidamente que leia o texto todo ou que não o leia.

Quando falamos em legalização de todas as drogas, não estamos falando em apologia ao uso de entorpecentes, como vão sugerir alguns leitores menos avisados e pouco familiarizados com as discussões mais recentes sobre o assunto. Muito pelo contrário, estamos falando de uma campanha que tem por um de seus objetivos a diminuição da quantidade de usuários de drogas no Brasil. Essa campanha, inclusive, parte de uma pessoa que não bebe, não fuma, não usa drogas e que tem um histórico de trabalho em projetos sociais voltados para o combate ao uso de entorpecentes.

Alguns poderão dizer que legalizar e liberar todas as drogas no Brasil vai aumentar a quantidade de usuários, que todos vão se tornar drogados, que as crianças e os jovens vão ter acesso a todas as drogas, inclusive acesso as drogas pesadas como o crack. A essas pessoas eu pergunto: Alguém hoje deixa de usar drogas porque é proibido? Alguém hoje tem dificuldade em ter acesso as drogas? As crianças e os jovens já não têm acesso as drogas, inclusive dentro das escolas e em todas as classes sociais no Brasil? A situação atualmente é a seguinte: embora haja uma proibição da venda de drogas no Brasil, em qualquer lugar se consegue comprar drogas com extrema facilidade, inclusive dentro das escolas. Há traficantes que entregam até a domicílio, e as pessoas, devido a proibição, muitas vezes se sentem até mesmo mais tentadas a usar entorpecentes, como um desafio a sociedade e aos parâmetros mais conservadores pré-impostos.

A defesa da legalização das drogas no Brasil vem então para tentar remediar esse problema de uma forma diferente das medidas que foram sendo tomadas até agora, e que fracassaram completamente, gastando recursos do Estado e ceifando vidas em uma guerra inútil e desnecessária, pois os gastos e os esforços despendidos até aqui na tentativa de evitar que as drogas entrem no país foram elevados e não trouxeram resultados, o que também tem sido visto em todos os países do mundo.

O objetivo central dessa campanha é diminuir a violência no Brasil, tirar o poder econômico, social e mesmo político do crime organizado.

A primeira questão que precisamos levantar é que o tráfico de drogas é mais nocivo a sociedade atualmente do que o uso de drogas em si. Atualmente no Brasil, quase 80% dos crimes e dos presos tem relação direta ou indireta com o tráfico de drogas1. O tráfico é responsável pela grande maioria dos assassinatos que ocorrem hoje no Brasil. E o pior de tudo: o tráfico de drogas é que financia o crime organizado no Brasil. A maior parte da violência urbana que temos visto atualmente são financiadas pelo tráfico. Mesmo crimes como arrombamentos e roubos de carros, roubos diversos a comércios e a residências têm referência direta ao tráfico de drogas, pois são os traficantes que receptam os produtos roubados em troca de pagamento de dívidas, em troca de drogas e mesmo para o uso pessoal deles. Ou seja, em outras palavras, não só o tráfico em si e a violência do poder econômico dos bandidos ocorre graças ao tráfico de drogas, mas também os demais crimes no Brasil têm relação direta com o tráfico, pois são financiados pelos traficantes, com o dinheiro da venda ilegal de drogas.

É por isso que propomos a legalização de todas as drogas no Brasil. A legalização acabaria com o tráfico, pois as drogas seriam vendidas nos comércios legais, como já acontece com o cigarro e com as bebidas alcoólicas, passando por um controle de qualidade e pagando impostos. Os lucros seriam revertidos aos comerciantes, gerando emprego e renda para a população. A droga poderia ser mesmo produzida no Brasil, tanto para fins comerciais como para o uso pessoal, o que acabaria com a importação e com a perca de capital para outros países. Os impostos poderiam ser revertidos para as campanhas de incentivo ao não uso das drogas e para a recuperação dos viciados, bem como para a saúde e para a educação, de uma maneira geral. O usuário, ainda por cima, não seria aliciado pelo crime organizado, pois não compraria a droga na mão de criminosos, mas sim em um comércio legalizado

A questão que nos move hoje é a situação de que o crime organizado atual e toda a violência urbana em que vivemos é fruto do tráfico e da proibição, e não das drogas em si. Aqueles que questionam o quanto as drogas são nocivas para os seres humanos, devem também questionar o que tem levado os indivíduos a usarem drogas tão compulsivamente em nossa sociedade, pois o que temos visto pelas ruas é que as pessoas infelizmente cada vez mais desejam se drogar, seja com maconha, crack, cola de sapateiro e tiner. Atualmente, ainda que a proibição as drogas conseguisse eliminar o uso das drogas ilícitas, ela não conseguiria acabar ou mesmo diminuir o uso de entorpecentes como o tiner, que foi a droga pesada usada em grande escala na segunda metade da década de 90 e na primeira metade da década de 10 do segundo milênio, sendo substituída depois pelo crack.

Infelizmente o que atualmente tem impedido que essa questão da liberação de todas as drogas e de suas consequências boas a sociedade seja debatida com seriedade é a falta de informação por parte de nossa sociedade, o conservadorismo de alguns setores da sociedade brasileira e principalmente, a imposição imperialista da política estadunidense, que tem receio que as drogas sejam liberadas por todo o mundo, uma vez que a maior parte delas são produzidas de folhas nativas da América do Sul e da América central, o que poderia representar um grande potencial comercial a essas duas regiões. Essa pressão ocorre pelo receio de que a região saia da área de influência da exploração estadunidense e se torne independente e venha mesmo a exportar drogas de forma legalizada para os Eua, atrapalhando seus planos e revertendo a atual situação comercial da região. Tanto é que o cigarro e as bebidas alcoólicas, as quais eles produzem em grande escala, não são proibidas, embora sejam tão nocivas quanto as drogas proibidas.

O que estamos colocando então, é que o mais nocivo a sociedade atualmente é a proibição, que gera o tráfico e financia a criminalidade. O usuário e o uso de entorpecentes de forma doentia se combate com educação pública de qualidade, com campanhas educativas, e, no último caso, é ainda mais democrático deixar que alguém decida o que fazer da sua vida do que tentar proibir a força e criar todo esse poder paralelo nas mãos do crime organizado. Ao mesmo tempo, legalizar as drogas acabaria com o dinheiro do crime organizado, e teríamos mais segurança nas ruas, pois os criminosos estariam menos estruturados, com menor quantidade de dinheiro para adquirir armas, para aliciar os jovens e mesmo para subornar autoridades e para contratar advogados caros. A vida do crime se tornaria mesmo muito menos atrativa aos jovens, que então poderiam estar mais propícios a buscar um outro caminho, que talvez possa ser o caminho da educação, caso a nossa sociedade venha a trabalhar para um processo real, significativo e sério de valorização da educação nesse país.

Ao meu ver, tudo o que é proibido e que as pessoas desejam muito gera tráfico. Se proibirmos os cigarros e as bebidas alcoólicas, iremos criar traficantes desses produtos, como já ocorreu nos Eua com Al Capone, um bandido conhecido mundialmente e que tinha suas atividades basicamente sustentadas pelo tráfico de bebidas alcoólicas na época da lei seca nos Eua. A questão hoje é que as pessoas querem se drogar e na verdade, quando vemos a história da humanidade, elas sempre quiseram em algum grau. Diminuir isso só se faz com educação. Proibição só gera consumo ilegal e tráfico, ou seja, dinheiro para o crime organizado. Em minha opinião, se proibirmos suco de laranja e café teremos amanhã grandes traficantes desse produto no brasil, portando armas sofisticadas e financiando o crime. Quando eu digo isso, algumas pessoas me dizem: “então vamos liberar os assassinatos”. Mas percebam, é algo completamente diferente. O usuário de drogas faz um mal a si mesmo, assim como o alcoólatra, o fumante, o cheirador de tiner e o viciado em remédios. O problema é o tráfico. Assassinatos são crimes de outra natureza, que se referem a tirar a vida de outra pessoa, e isso sim pode ser evitado e combatido com êxito, tanto com repressão quanto com campanhas educativas.

A liberação de todas as drogas é o caminho para a diminuição do uso de entorpecentes, para o fim dos altos níveis de criminalidade, para o enfraquecimento do crime organizado e para o tratamento e recuperação dos usuários.
Pela legalização de todas as drogas no Brasil:Acabando com o tráfico e com o crime organizado.


Por: Átila Siqueira – Historiador, escritor e militante de esquerda.


terça-feira, 5 de março de 2013

Ao companheiro Hugo Chávez.


Cai em peleja mais um companheiro,
cai em peleja mais um irmão.
Hugo Chávez, homem valente,
que lutou a vida inteira
pelos mais pobres e contra o Imperialismo
morreu hoje em nossa amada Cuba
a terra que é nosso exemplo de revolução.

Hugo Chávez foi um grande herói,
que jamais esqueceremos,
por seus feitos em prol dos mais pobres
da Venezuela,
pela luta constante pelo Socialismo,
em prol dos trabalhadores.

Mas a luta continua!
Um companheiro cai e outro
continua o caminho,
pois a luta é coletiva,
a luta é dos trabalhadores,
a luta é dos intelectuais,
a luta é daqueles que desejam construir
um mundo mais igualitário.

A luta não acaba com a morte de Chávez,
assim como não acabou com a morte de Che,
de Rosa, de Lênin, do próprio Marx e de muitos outros,
pois seu legado continua,
suas conquistas permanecem
e continuamos todos na luta,
assim como ele continuou
a luta de outros e outros continuarão
a nossa luta.

Desde o militante anônimo,
ao líder sindical e aos nomes de nossos líderes,
a luta é de nós todos, unidos pelo bem comum.
A vossa luta, Comandante Chávez, continua
com cada um de nós,
continua no Brasil com Lula e Dilma,
continua com Evo Morales na Bolívia,
continua com o grande Comandante Fidel Castro
e com Raul Castro em Cuba.

Seu dever foi cumprido,
Companheiro Chávez,
e agora deixe que nós
carregaremos a bandeira vermelha
que estava em suas mãos.

Átila Siqueira.